sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

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Preparando a Mesa de Natal...


Este será o meu terceiro Natal sem Amido. O primeiro... não comi nada, mesmo! Não sabia o que comer... No segundo, já fiz umas coisitas... agora, com a experiência: venha de lá o dia vinte e quatro! Estou ansiosa por ir para a cozinha!

Este é um daqueles dias que eu, simplesmente, adoro. Eu e a minha mão vamos as duas para a cozinha o dia todo! A minha mãe trata dos doces e eu dos salgados. Este ano, contudo, será diferente: trato dos salgados, mas farei os meus doces todos!

[um segredo: esta dieta além de me ter devolvido a vida, ensinou-me a fazer doces... apesar de estar sempre na cozinha e adorar cozinhar, eu não tinha qualquer jeito para fazer bolos e afins!]



Estou a pensar fazer:


Salgados

Polvo frito*

Raia frita*

Bacalhau frito*


Doces

Aletria (com esparguete fininho de arroz e leite de coco)

Arroz Doce (com leite de coco mas sem canela)

Bolo de Chocolate (com farinha de amêndoa)

Queques de Laranja (com farinha de amêndoa)

Pudim de Ovos com Leite de Coco (sem o caramelo, atenção!)

Coquinhos com Topping de Chocolate

Quitutes de Coco com Aroma de Laranja

Quindins de Coco

Pão de Mel (com farinha de amêndoa)

Amendrados


Ceia de Natal

Maruca Gratinada com Cogumelos


Almoço de Natal

Arroz de Pato (famoso, feito pela minha mãe)

***

Ainda não tenho as receitas dos Coquinhos com Topping de Chocolate, da Aletria e do Arroz Doce. Vou experimentar e ver se resulta. Se resultar... podem contar com as receitinhas e com as fotos!

*Estes fritos fazem parte da tradição de Trás-os-Montes, terra dos meus pais.

(e quem ainda acredita que não temos nada para comer...)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

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Tabela de Alimentos Com os Índices de Amido

Quando eu comecei a dieta, a Tabela de Alimentos Com os Índices de Amido ajudou-me bastante porque eu não fazia ideia que alimentos tinham ou não amido. O teste com o iodo é imprescindível mas a tabela dá uma grande ajuda.

A tabela existe em inglês e em espanhol. Aqui podem encontrar a tabela em português. Ainda não está completa mas esperemos que fique pronta em breve.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

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Dois anos de Dieta sem Amido

Hoje faz dois anos que comecei o meu caminho. Um novo caminho. O início da minha nova vida.

Da dieta, pouco ou nada sabia: que resultados teria, se funcionaria, se me faria mal retirar uma parte bastante significativa de hidratos de carbono da minha alimentação, onde iria buscar forças se doía tanto viver.

Mas... tudo isso... que me importava? Que interesse teria saber tudo isso?

Acabar com a dor. Isso, sim. Era tudo o que eu queria. E fui atrás... e consegui.

Se foi fácil?

Difícil era viver vinte e quatro horas sob vinte e quatro deitada com dores atrozes. Difícil era depender da minha mãe para me dar banho. Difícil era querer gritar e abafar o meu grito para que ninguém me ouvisse.

A EA estava tão avançada: "invulgarmente avançada, tendo em conta a sua idade e o facto de ser mulher", dizia o meu reumatologista.

Difícil era Viver.

Fácil, foi muito fácil. A dieta.

Eu fiz. Sei quem fez. Eu consegui... muitos conseguiram.

Está na vossa mão...

domingo, 15 de novembro de 2009

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Menu da Semana


Tenho andado tão sobrecarregada por causa das mudanças que nas últimas semanas não fiz qualquer menu. Resultado, saltei a dieta, abusei no chocolate... não tive nenhuma crise forte porque não comi nada que tivesse amido. Mas as dores estiveram sempre presentes.

O chocolate - mesmo sendo negro - sempre tem um pouco da sacarose. A sacarose, apesar de ser um dissacarídeo, provoca-me inflamação (tal como a lactose).

Por isso, a importância de ter um menu sempre preparado no domingo. Assim, não há fugas possíveis, porque todas as refeições estão, previamente, asseguradas.

Então aqui fica o meu menu desta semana:

2ª Feira – Quiche de Frango com Cogumelos e Espinafres

3ª Feira – Bifinhos de Perú com Cogumelos

4ª Feira – Salada de peixe, lima e coentros

5ª Feira – Omeleta de Lulas com Salada Verde

6ª Feira – Coelho Assado

Sábado - Filete de Pescada no Forno &Frango Assado

Domingo –Rolo de Carne recheado com Queijo & Dourada com Queijo

Mais receitas no sítio do costume...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

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Xarope de Agrião

Durante toda a minha vida eu sempre comi tudo o que não era saudável. Agora, desde que a minha saúde melhorou consideravelmente, graças à mudança que fiz na minha alimentação,uso e "abuso" da medicina natural.

Eu já tomo o Xarope de Agrião há algum tempo. Levei um tempinho a habituar-me, mas nós habituamos-nos a tudo menos à ea, não é?

O Agrião uma planta aquática de sabor levemente picante por conter iodo, ferro, fosfato e vitamina C. Ele actua directamente sobre o sistema digestivo e é eficaz no sistema sanguíneo.

Usado em saladas cruas, o Agrião ajuda na limpeza do fígado, limpa os rins de areias e cálculos, combate o Reumatismo, a Gota, a Artrite - pelo que é mais uma excelente arma contra a EA, a AR e outras...

O agrião contém uma apreciável quantidade de iodo, elemento indispensável ao organismo humano e cuja falta perturba o funcionamento da glândula tiróide. Os que sofrem de ácido úrico, em virtude de terem comido muita carne, devem comer diariamente uma salada de agrião. Também é benéfico para o coração e sistema nervoso.

O Mel é importante como alimento, para o equilíbrio do organismo, pois contém glicose e frutose - os hidratos de carbono que tanto precisamos - que entram directamente na corrente sanguínea, tornando-o um produto energético. A Glicose e a Frutose são Monossacarídeos - Hidratos de Carbono Simples, portanto indicados para quem segue a Dieta sem Amido.

O Mel é também composto por água (cerca de 20%), por minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros), por cerca de metade dos aminoácidos existentes, por ácidos orgânicos (ácido cítrico, entre outros) e por vitaminas do complexo B, por vitamina C, D e E. Possui ainda um teor considerável de antioxidantes (flavonóides e fenólicos).

O Mel pode ser utilizado como alimento, adoçante e como medicamento. Adicionar mel à alimentação diária enriquece a qualidade de vida, pois estimula e aumenta a resistência física. É levemente sedativo, auxiliando a combater insónias. É, também, cicatrizante, anticéptico, digestivo e laxativo ajudando no tratamento de gastrites. Muito eficaz no tratamento de doenças respiratórias. O Mel é também um bom protector do fígado, promovendo a regeneração de suas células e prevenindo a formação do fígado gorduroso (cirrose hepática).

É absorvido imediatamente, não possibilitando o ataque das bactérias intestinais, o que não sucede com o açúcar, sendo ainda um bom regulador intestinal.
***
Xarope de Agrião

Lave o agrião em água corrente e passe com a varinha mágica até que esteja reduzido a líquido (se achar necessário adicione algumas colheres de água). Depois coe.

Para 300 gramas de sumo de agrião, acrescenta-se 300 gramas de mel de abelha, mexendo bem. Guarde no frigorífico dentro de um frasco de vidro escuro. Toma-se uma colher de sopa 3 a 4 vezes ao dia.

Existem muitas receitas para fazer este xarope. Umas levam limão, outras fervem o agrião. Eu prefiro assim. Cuidado: não ferver o mel ou as enzimas serão destruídas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

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Exemplo de uma ementa diária

O que comer ao longo do dia: principalmente nos intervalos das refeições? Aqui fica o que eu costumo fazer, no dia-a-dia... hoje é segunda-feira:


Em jejum


* 1 gr de Geleia Real

* 10 gotas de Própolis num pouco de água (sabe a "raios e trovões"!)


Pequeno Almoço:

* 1 chávena de Chá de Verde com uma colher de mel

* Fatia de Muffin de Coco com amêndoa (fiz ontem)

* Suplemento Alimentar (Magnésio, Cálcio e Potássio – 1 comprimido de cada)

* 1 colher de Xarope de Agrião


Lanche da Manhã

* 1 copo de Sumo de Agrião, Espinafre e Aipo (1\4 de chávena de cada)

* 1 snack sem amido

* 20 gotas de Garra do Diabo

* suplemento alimentar (1 cápsula de Óleo de Fígado de Bacalhau)


Almoço

* Salada de Couve Roxa com Frango (sobrou frango do jantar de ontem)

* 1 chávena de Chá de Cidreira (sem qualquer adoçante)

* Suplementos Alimentares (Garra do Diabo, Própolis, Magnésio e 1 colher de Xarope de Agrião)


Lanche

* 1 copo de sumo de agrião, espinafre e aipo (que sobrou do pequeno-almoço)

* 1 snack sem amido


Jantar

* Peito de Frango Com Queijo e Fiambre (menu semanal)

* Caldo de Vegetais Cozidos*


Ao Deitar

* Chá de Alface com uma colher de Mel

* Suplementos Alimentares (Garra do Diabo, Própolis, Magnésio e Xarope de Agrião)

***

Quanto aos suplementos alimentares, eu costumo tomar durante um mês e descanso outro mês. O meu médico aconselhou-me a fazer esta pausa, uma vez que não se deve estar muito tempo a tomar suplementos.

Todos os comprimidos e\ou cápsulas que eu tomo, não têm amido na sua composição: depois de muita pesquisa, encontrei uma marca "livre de amido" - a Solgar, Eu sou mesmo muito sensível à mínima dose de polissacarídeos, por isso tive que procurar uma alternativa.

*Cuidado: NÃO é sopa! Fervem-se espinafres (ou agrião...) num pouco de água temperada com um pouco de sal e azeite e eis o caldo! É simples e reconfortante... principalmente, nos dias frios.

domingo, 25 de outubro de 2009

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Menu da Semana

No domingo faço o plano semanal das minhas refeições. É bastante prático, uma vez que não tenho mais que pensar no que é que vou fazer durante a semana, se tem amido ou não, se me falta algum ingrediente...

O menu da semana ajuda-me a manter-me fiel à dieta e ajuda-me, sobretudo, a não saltar refeições ou a ir-me deitar sem jantar (um dos meus vícios).

Eu já introduzi o arroz há cerca de um ano, mais ou menos. Mas só o fiz seis meses após o início da dieta e quando os resultados das análises clínicas mostraram que a minha ea estava estabilizada.

Eu como arroz ("no prato") só ao fim-de-semana. Durante a semana eu costumo acompanhar o prato principal com saladas.

Os meus snaks salgados diários costumam ser os que faço com a farinha de arroz: as tostas de queijo e fiambre, as almofadinhas de carne, os queques de fiambre e queijo, as empadas de frango, os crocantes de arroz, a bola de queijo e fiambre...

Então aqui fica o meu menu desta semana:

2ª Feira Peito de Frango Com Queijo e Fiambre

3ª Feira Filete de Pescada no Forno

4ª Feira Bifinhos Enrolados Com Cogumelos

5ª FeiraSalada de peixe, lima e coentros

6ª FeiraBifinhos de Perú com Cogumelos

Sábado - Pato com Couve Lombarda & Frango assado com Arroz de Manteiga

DomingoMaruca Gratinada com Cogumelos & Coelho Frito e Arroz de Cenoura

Só tenho ementa para os jantares porque ao almoço eu como no trabalho. Costumo comer um snack acompanhado com salada verde.

Mais receitas aqui... ou aqui.

Bom apetite!

sábado, 24 de outubro de 2009

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A Geleia Real

A geleia real é um leite espesso e com sabor ácido, produzida pelas abelhas para a alimentação das larvas até o 3º dia de vida sendo que estas vivem em média 45 dias. A abelha rainha que se alimenta da geleia durante toda a sua existência cresce bem mais que uma abelha comum, poderá viver até aos 5 anos, conseguindo pôr até 3.000 ovos por dia, cujo peso corresponde a 5 vezes o seu próprio peso.

A alta concentração de aminoácidos e vitaminas torna a Geleia Real um super alimento.

A Geleia real tem uma espectacular acção sobre o organismo humano, revitalizando-o, proporcionando saúde e prevenindo o envelhecimento precoce.

É constituída por cerca de 65-70% de água, 4.5-5% de gorduras, cerca de 1% de cinzas, 11-14% de proteínas e 11-16% de hidratos de carbono. A geleia real é caracterizada pela sua riqueza em vitaminas, especialmente o ácido pantoténico-vit B5. Tem um factor antibiótico (ácido 10-hidroxidecenóico), diferente do do pólen, activo contra várias bactérias e fungos.

A Geleia Real é mais uma forma de se conseguir Hidratos de Carbono inofensivos. Excelente fonte energética para todos que seguem a dieta sem amido.

Eu não compro a minha Geleia Real em lojas de produtos naturais porque ainda não encontrei Geleia Real pura à venda. Além disso, os preços praticados nas lojas são verdadeiro absurdo.

Há muitos anos atrás, quando tive o meu esgotamento, a minha mãe trouxe-me um frasquinho muito pequeno de uma espécie de creme com um sabor estranho. O interessante é que aquilo ajudou-me bastante na minha recuperação, por mais incrível que me parecesse na altura.

O meu fornecedor da época mantém-se. É excelente. A relação qualidade\preço é muito bom. Elevada qualidade a um preço quase simbólico (mesmo!!!). A Geleia Real vem bem acondicionada e necessita, somente, de estar no frigorífico.

Arrábida Mel
Sr. Miguel Ângelo
Rua Pedro Fonseca nº 128 R/C Dtº
Aires 2950-017 Palmela
E-mail: geral@arrabidamel.com
Encomendas: encomendas@arrabidamel.com
Tlf\FAX: 21 233 41 44 *

* O Sr. Miguel Ângelo só atende o telefone ao sábado de manhã, uma vez que durante a semana, trabalha com as nossas amiguinhas :)

O pagamento é feito de uma maneira bastante segura: recebe-se a encomenda com uma guia onde está o NIB da empresa e o valor a pagar.

Os produtos disponíveis são os seguintes:

Geleia Real
Mel
Própolis em Solução Alcoólica ou Aquosa
... entre outros.

A Geleia real tem uma capacidade de prevenção, tal como:
  • Reduz o nível de gordura no sangue, prevenindo a arteriosclerose;
  • Estimula a medula, aumentando sensivelmente o número de glóbulos vermelhos no sangue;
  • Previne o aparecimento de células cancerígenas;
  • Eficaz no tratamento da menopausa para as mulheres e andropausa para os homens, que sofrem de distúrbios causados pelas disfunções hormonais, apresentando sintomas de irritabilidade, calor, dores generalizadas, vertigem e cansaço.
  • Nas mulheres após a menopausa, tem dificuldade em assimilar cálcio, deixando os ossos porosos, com o consumo diário de geleia real ajuda a prevenir a osteoporose.

Composição Química da Geleia Real

Tiamina (Vitamina B1)

Ác. Pantotênico (Vitamina B3)

Piridoxina (Vitamina B6)

Biotina

Ác. Fólico

Vitamina B12

Inositol

Acetil Colina

Vitamina C

Vitamina A

Vitamina D

Vitamina E

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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A importância do mel na nossa dieta

O mel é produzido pelas abelhas a partir do néctar extraído das flores. Mais de 180 diferentes substâncias nutritivas foram encontradas no mel.

O mel é um hidrato de carbono de alta qualidade. É uma fonte energética muito importante para os espondilíticos que seguem uma dieta pobre ou sem amido (ou outro polissacarídeo). Permite uma alimentação imediata e intensiva de todo o sistema muscular, especialmente os músculos do coração, através da glicose invertida.

Para nós, que seguimos uma dieta tão restrita, o mel é um alimento essencial e porque 40% do mel é frutose, o açúcar das frutas (um monossacarídeo), não nos prejudica.

O mel é um excelente alimento porque possui elementos minerais essenciais para o organismo humano, especialmente os oligo-minerais (ex. selénio, zinco, cromo, alumínio). Já para não falar das enzimas e vitaminas importantes para o bom funcionamento do organismo humano.

Pessoalmente, eu não gosto muito mel (penso que nunca gostei....). Mas aprendi a "aceitar" o mel como um dos meus alimentos diários.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

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Alternativas à farinha

O que eu uso como alternativa à farinha para fazer bolos, bases de tarte, substituir pão ralado em receitas de carne e peixe, etc. - e que TENHO SEMPRE EM CASA!

1) Farinha de amêndoa sem pele

Pode-se comprar nas grandes superfícies, mas fica bem mais caro. Eu compro aqui:

Prodite Zeelandia, Lda


António Abreu
Prodite Zeelandia - Produtos Alimentares, Lda
Tel 227 736 000
Fax 224 805 413
antonio.abreu@prodite.pt
e-mail geral:prodite@prodite.pt

Só vendem em sacos de dez kilos, a cerca de 5€ o kilo. Fica bastante mais barato que comprar amêndoas ou mesmo a farinha de amêndoa numa loja (ou grande superfície). É um investimento necessário, já que no início da dieta, precisamos de todas as fontes de hidratos de carbono possíveis!

2) Coco Ralado Desidratado

É óptimo para bolos e para cozinhar outros pratos.

O coco é barato e rende bastante bem. Há pequenos sacos à venda em quase todos os supermercados. Alguns supermercados chineses na zona do Martim Moniz em Lisboa/Baixa também têm sacos de grande quantidade.

3) Farinha de Arroz*

Quem já faz a dieta há algum tempo e apresenta melhorias consideráveis: análises clínicas com valores normais (sem presença de inflamação), ausência de dor e outros sintomas da EA, pode tentar reintroduzir o arroz.

*Apesar do arroz ter uma percentagem elevada de amido, são muitos os doentes com Espondilite Anquilosante que o toleram. Eu não tenho a explicação para isso, só sei que eu posso comer arroz (sem abusar, claro).

Há quem use farinha de avelã... eu ainda não tive coragem.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

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Os "amidos escondidos"...

O que são "amidos escondidos"?

Tudo aquilo que é amido ou um outro polissacarídeo mas está escrito com outro nome, como por exemplo: aroma de trigo.

Cuidado, portanto, com as palavras:

* açúcares: não especificam que tipo de açúcar. Pode ser monossacarídeo mas também pode ser dissacarídeo ou polissacarídeo. Por isso, a evitar.

* aromas: chamam-se aromas a substâncias com um cheiro agradável que, por isso, são utilizadas em alguns produtos alimentares. Por exemplo, todos os fiambres da marca Nobre, tem aroma de trigo...

* excipientes: são as substâncias que existem nos medicamentos e que completam a massa ou volume especificado. A grande maioria dos medicamentos têm amido, na sua composição. Contudo, existem outros que são seguros pois usam, por exemplo, o magnésio como excipiente.

* amido modificado: um aditivo alimentar que é preparado por tratamento de fécula ou de grânulos de amido. O amido modificado é utilizado como um agente espessante, estabilizador ou emulsionante. Pode ser encontrado em produtos alimentares e em produtos farmacêuticos.

* glúten: é uma proteína que se encontra na semente de muitos cereais combinada com o amido.

* inulina: é um polissacarídeo de origem vegetal. Por não ser digerida pelas enzimas do intestino humano, é considerada como fibra alimentar insolúvel. Desta maneira, a inulina alcança o cólon onde é utilizada pela flora microbiana (nomeadamente, a bactéria Klebsiella Pneumoniae).

* celulose: é classificada com polissacarídeo ou hidrato de carbono e é um dos principais constituintes das paredes celulares das plantas.

* glicogénio: é um polissacarídeo e a principal reserva energética nas células animais, encontrado, principalmente, no fígado e nos músculos.

* gomas: é uma resina natural composta por polissacarídeos e glicoproteínas. É frequentemente usada como espessante e estabilizante para vários alimentos. Na União Europeia, quando utilizado em alimentos rotulados com o Número E, recebe o designação E-414.

* péctina: é um polissacarídeo e um dos principais componentes da parede celular das plantas. Na maioria das vezes é necessária a adição de péctina aos sumos , polpas de frutas e conservas de fruta, a fim de ajustar o seu teor para um nível adequado para que estes produtos possam geleificar.

* maizena: amido de milho (polissacarídeo).

O fiambre é daqueles casos... foi complicadíssimo encontrar um fiambre que não me provocasse inflamação e, consequentemente, uma crise. Há de tudo: fiambre com trigo, com especiarias... depois de muitos testes e experiências em mim mesma - porque o teste do amido não acusou nada! - lá encontrei um fiambre que é seguro.

Todos os restantes produtos de charcutaria - à excepção do bacon - têm especiarias... logo, têm amido.

A gelatina também pode ter trigo, glutén... ter em atenção o rótulo.

Eu só como chocolate negro porque todos os outros provoca-me inflamação devido ao leite. Mas até no chocolate negro temos que ter cuidado. O chocolate negro da Nestlé, por exemplo, é um dos chocolates a evitar a todo o custo... apesar de não conter qualquer referência a dissacarídeos ou polissacarídeos, provoca-me inflamação: logo tem que ter um destes dois açúcares que, provavelmente, estará "escondido" num dos ingredientes.

Os enlatados de frutas em calda têm todos amido (a péctina). Só os enlatados de atum e sardinha em conserva são seguros.

Cuidado com os patés! Têm todos especiarias, amido de batata, farinha... (está tudo dito, não?).

As refeições pré-preparadas e\ou congeladas não são, de modo algum, seguras, devido aos condimentos. A evitar, por isso.

O leite é um dos produtos a evitar por todos aqueles que têm problemas reumáticos. A lactose é um dissacarídeo e, por isso, é susceptível de causar inflamação. Contudo, existem pessoas a quem os lacticínios não provocam inflamação.

Os gelados podem trazer gomas, amido ou amido modificado na sua composição. Há que ter o cuidado de verificar sempre o rótulo. A sua grande maioria tem amido modificado. Existe, porém, um gelado no Lidl que é seguro (para aqueles que toleram a lactose).

Os pudins, mousses e bolos pré-preparados ou embalados prontos a comer têm todos amido, à excepção de uma marca de pudim (já foi referido no post anterior). Todos os produtos de pastelaria têm amido.

As Especiarias têm amido.

As Delícias do Mar (ou frutos do mar) também têm amido na sua composição.

O café também provoca inflamação.

Os chás, só de ervas: cidreira, camomila... os de sabores são susceptíveis de conter amido na sua composição.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

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Guia de Compras sem Amido

Durante cerca de dois anos experimentei uma miríade de produtos alimentares. Foram muitos testes, muitas recaídas... mas consegui reunir uma grande variedade de produtos seguros.

Eu não faço as compras todas no mesmo local, por vários motivos. O motivo mais importante é, sem dúvida, a segurança dos produtos alimentares no que diz respeito aos polissacarídeos, vulgo, amido.

Para chegar a estes produtos não foi fácil. O chamado "amido escondido" é um dos nossos grandes inimigos.

Aqui fica a lista com os produtos a comprar em cada loja e respectiva marca:


Modelo\ Continente

Gelatina (vários sabores) - Marca Modelo\Continente

Atum - Marca e

Maionese - Marca Modelo\Continente


Lidl

Fiambre de Porco ou Frango - Marca Dulano

Fiambre de Frango - Marca Dulano

Bacon aos Pedaçinhos Cru - Marca Saint Alby

Margarina - Marca Lidl

Chocolate para Culinária - Marca Fin Carré

Queijo Tipo Flamengo - Marca Lactolus


Minipreço \Dia

Bacon Fumado em Tiras - Marca Dia

Chocolat Noir
- Marca Dia

Coco Ralado - Marca Dia

Pudim de Leite Caseiro* - Marca Dia

... e boas compras!

*O leite não tem amido, ou seja, polissacarídeos. Contudo tem lactose, um dissacarídeo também susceptível de causar inflamação, visto a bactéria se alimentar não só de polissacarídeos como também de dissacarídeos. Não obstante, conheço pessoas que seguem esta dieta e que toleram a lactose. O Pudim é para eles :)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

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A Dieta sem Amido... ou sem Polissacarídeos?


A dieta que seguimos não se deveria chamar Dieta sem Amido, mas sim: Dieta sem Polissacarídeos.

Não é só o amido que nos provoca inflamação. A Inulina, a Celulose e o Glicogénio também são susceptíveis de causar inflamação porque são igualmente polissacarídeos e a bactéria Klebsiella Pneumoniae alimenta-se de todos os polissacarídeos.

Há que ter em atenção, não só o amido mas como todos os restantes polissacarídeos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

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Dicas para uma Dieta sem Amido

Dieta Sem Amido pode ser considerada, por muitos, uma dieta complicada, restrita, difícil de concretizar, insalubre, pouco ou nada criativa… para outras pessoas, a ideia de seguir um regime alimentar – por si só – é um verdadeiro pesadelo. Algumas pessoas, ainda, poderão pensar que fazer dois pratos – um para si, sem amido, e outro para a restante família – é cansativo, principalmente, após um dia de trabalho…

No início, eu pensava assim. Contudo, com o passar dos dias, quando comecei a ficar cada vez melhor, pois as dores começaram a desaparecer com alguma rapidez (mas cada caso é um caso! Nada de desistir!), eu empenhei-me com toda a minha Vontade e consegui!

Consegui e descobri que, afinal, estava errada!

Criatividade, não falta! Pelo contrário! Criatividade é a palavra-chave desta dieta!

Insalubre? Nada disso! As receitas que se conseguem com os poucos ingredientes que temos podem ficar completamente divinais!

Complicada? Complicadas são as nossas dores, a incapacidade física e psicológica que a EA nos traz… Se para continuar sem dores – como me encontro neste momento – for preciso abdicar do meu pão… seja!

Difícil? Basta um pouco de paciência e muito Amor! Afinal, na cozinha, tudo é possível! Eu sempre gostei de cozinhar. Confesso, porém, que sempre detestei fazer bolos. Pão? Esse “compra-se na padaria!”… mas com o tempo, a experiência, consegui resultados bastante agradáveis.

Cansativo? Sim… sem dúvida. Mas, mais uma vez, uma questão de hábito! Afinal, quem faz um prato, faz dois!

Então, que tal tentar? Hoje! Amanhã é sempre tarde demais... como canta a canção.

As dicas surgem da minha experiência. O grau de sensibilidade ao amido, varia de pessoa para pessoa. Pelo que temos descobrir, por nós mesmos, que alimentos são ou não seguros. Não obstante, com dicas de pessoas que já seguem a dieta, torna-se tudo mais fácil! Vale a pena tentar.

Dicas

Dieta sem amido desde o primeiro dia
Eu comecei a dieta de uma forma radical. No primeiro mês, só comia carne, saladas e alguns vegetais. Só assim - penso - é que conseguimos começar a erradicar a bactéria, de uma só vez.

Nada de sopas
Pois é... mas tem que ser, uma vez que é muito difícil conseguir uma sopa, completamente, livre de amido. Mesmo que a cenoura, a abóbora e outros legumes tenham índices muito pequenos de amido, tudo junto... mais tarde... quem sabe?

Cebola e alho
Cuidado! São extremamente "dolorosos"! A Cebola e alho têm Inulina, que se trata de um Polissacarídeo idêntico ao Amido! Aliás, esta dieta deveria ser nomeada Dieta Sem Polissacarídeos, uma vez que não é só o Amido (açúcar dos cereais) que alimenta a bactéria: a Inulina (açúcar da alcachofra, cebola, alho e outros), a Dextrina (açúcar dos amidos - quando ocorre hidrólise incompleta) e a Celulose (açúcar dos vegetais, algas e resinas), são também alimento para a bactéria "responsável" pela EA e tudo o que daí advém: inflamação, dor, calcificação, incapacidade... por isso, atenção aos Polissacarídeos.

Medicamentos
Ler todas as bulas de todos os medicamentos que tomam. Eu, por exemplo, tenho uma sensibilidade tão grande ao amido que, basta um comprimido que contenha amido para ter uma crise! Na bula dos medicamentos, encontra-se um item chamado Lista de Excipientes. Aí vem indicado se o comprimido tem ou não o dito amido. Se sim, tentar junto ao seu médico, um medicamento com as mesmas propriedades, contudo com outros excipientes.

Leite e Derivados
Mas não têm Amido! É verdade! Contudo, causam uma inflamação com tamanha intensidade que as dores tornam-se insuportáveis! A Lactose (açúcar do leite) é um Dissacarídeo, tal como a Sacarose (açúcar de cana e da beterraba - o açúcar "normal") e a Maltose (açúcar do malte). Os dissacarídeos são, também, susceptíveis de causar inflamação. Mais uma vez, depende de pessoa para pessoa…

Mas como é que nós sabemos o que, realmente, nos causa inflamação?

Eu resolvi seguir o conselho de Zarkme. Depois de alcançar um estado de inflamação, praticamente, nula – ou seja, sem dores – comer muito de um ingrediente e esperar.

Por exemplo:

Não se sabe muito bem porquê, mas o arroz – que tem muito amido – não causa inflamação a alguns pacientes com EA. Quando descobri esta suposta excepção à regra, resolvi experimentar.

Confesso que estava bastante receosa! Nós estamos tão habituados à dor, que apesar de estarmos sempre com dores, só nos lembramos que elas são mesmo fortes, quando temos uma crise. Agora, quando alcançamos um estado “sem dor”… quando temos uma crise é, simplesmente, uma tortura inexplicável! Chego mesmo a perguntar-me “como é que conseguia?!”

Mas, com o apoio moral da minha família… lá veio o meu prato favorito: Arroz de Pato.

Comi bastante, tal como Zarkme aconselha, pois só assim é que sabemos se aquele ingrediente traz ou não complicações. Almoço – cheia de medo: jantar – sempre receosa… até que me esqueci. E, no dia seguinte, novamente almoço.

Afinal, sabe-se lá porquê, eu que não tolero o amido de um comprimido mínimo, tolero o amido do arroz!

(Importante: Eu só fiz esta experiência, no mês de Abril: quatro meses após o início da dieta! Só depois de alcançar um estádio em que não há - praticamente - dor nenhuma, é que se deve começar as experiências!)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

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Os Hidratos de Carbono

Também chamados de Glícidos e Açúcares, os Hidratos de Carbono são compostos ternários formados de carbono, hidrogênio e oxigênio em geral, na proporção de um carbono para dois hidrogênio para um oxigênio [C(H2O)].

Podem ser classificados em três categorias básicas: Monossacarídeos, Oligossacarídeos ou Dissacarídeos e Polissacarídeos.

Os Monossacarídeos ou açúcares simples constituem as moléculas dos hidratos de carbono, as quais são relativamente pequenas, solúveis em água e não hidrolisáveis.

A Frutose e a Galactose são Monossacarídeos.

Os Oligossacarídeos ou açúcares pequenos são hidratos de carbono constituídos por duas a dez moléculas de Monossacarídeos. Interessa-nos, aqui, apenas aqueles formados por duas unidades de monossacarídeos, também chamados Dissacarídeos.

A Sacarose e a Maltose são Dissacarídeos.

Os Polissacarídeos ou açúcares múltiplos são hidratos de carbono formados pela união de mais de dez moléculas monossacarídeas, constituindo, assim, um polímero de monossacarídeos, geralmente de hexoses. Ao contrário dos Monossacarídeos e dos Dissacarídeos, os Polissacarídeos são insolúveis em água.

O Amido, a Celulose, a Inulina, a Péctina e o Glicogénio são Polissacarídeos.

Os Hidratos de Carbono permitidos , neste regime alimentar, são os Monossacarídeos. Estes têm uma única molécula e essa estrutura permite-lhes ser facilmente absorvidos pela parede do intestino.

Os Hidratos de Carbono complexos - os Dissacarídeos (duas moléculas) e os Polissacarídeos (moléculas em cadeia) não são permitidos neste regime alimentar, porque não sendo facilmente digeridos, permanecem mais tempo no intestino.
Como sabe, existem muitas bactérias no intestino. Umas são inofensivas, outras são até benéficas… contudo, existem bactérias que são responsáveis por inúmeras doenças.

A bactéria que tanto se fala é a Klebsiella Pneumoniae.

Ora, esta bactéria alimenta-se destes Hidratos de Carbono que se encontram no nosso intestino. Com todo esse ambiente favorável, as bactérias crescem e reproduzem-se livremente. No meio de todo esse processo, dá-se a inflamação do intestino.

A dieta funciona porque retira o alimento necessário ao crescimento dessas bactérias, que acabam por "morrer à fome". Este regime alimentar permite, ainda, restabelecer o equilíbrio das bactérias benéficas no nosso intestino.

imagem: célula de amido

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

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O Que Comer Numa Primeira Fase da Dieta


O que comer:

- Mel
(Obrigatório! Dá-nos os hidratos de carbono que precisamos, sem nos fazer mal!)

- Marmelada
(caseira... mas há que ter em cuidado com a sacarose, porque é um dissacarídeo)

- Gelatina (atenção ao rótulo!)
(tenho sempre gelatina de todas as cores no frigorífico, "mata" a fome, óptima fonte de proteína!)

- Queijo flamengo fatiado, pouco... (atenção ao rótulo!)
(atenção aos queijos curados! A mim fazem-me mal)

- Ovos
(cozidos, mexidos, estrelados, omeletes...)

- Fiambre
(atenção ao rótulo! Quase todas as marcas de fiambre trazem farinha, amido modificado, polissacarídeos, maizena... isto tudo significa: amido)

- Maionese
(atenção ao rótulo!)

- Saladas temperadas com sal e limão
(alface, agrião, couve roxa, rúcula, endívias, espargos, aipo, courgette, funcho)

- Bolos
(feitos com farinha de amêndoa sem pele ou com coco ralado)

- chocolate de leite
(mas atenção ao rótulo e comer em poucas quantidades!)

- Atum
(óptimo em saladas, com ovo e maionese)

- Enlatados
(só atum e sardinha - tudo o resto tem amido: fruta em calda, tomate enlatado, etc...)

- Chocolate para bolos
(atenção ao rótulo!)

- Leite
(só de coco... por agora...)

- Coco
(em bolos, queques, biscoitos...)

- Carne
(qualquer tipo excepto fígado)

- Peixe
(qualquer tipo)

- Legumes
(alcachofra, espargos, repolho, corgette, couve lombarda, couve roxa, espinafres - só cozidos! Não mistures em sopas.... sopas estão proibidas!)

- Fruta: toda, excepto banana.

(Nota importante: a fruta tem que estar bem madura antes de ser colhida. Se for colhida ainda verde, o amido não foi convertido em frutose. Isto acontece com a maior parte da fruta que está à venda... tem que se ter muito cuidado! Fazer o teste do iodo antes de consumir!!!)

- NADA de sopas, feijão, grão, arroz, batatas, nabos...

domingo, 11 de outubro de 2009

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Como saber se este ou aquele ingrediente tem amido?


Imagem retirada daqui.

Fácil: deixe cair uma gota de tintura de iodo no ingrediente! Se contiver amido, a cor do iodo escurece, variando de cor de laranja a tons que variam do azul escuro ao preto.

O meu primeiro teste foi no pão que ficou completamente preto! Eu já testei todos os tipos de ingredientes possíveis... e ainda continuo a fazê-lo.

A farinha, os bolos, as batatas e o arroz ficam de uma cor azul-preta muito escura.

Os vegetais cortados crus mostram sinais amido em torno dos bordos (mas não é bastante para causar problemas).

Na carne, no queijo, na manteiga, nos ovos e nos produtos animais, a cor do iodo não se altera.

O mesmo acontece com a maioria de frutas - excepto os bananas, que têm muito amido, logo a cor do iodo muda, imediatamente, para tons escuros.

Atenção: apesar dos livros da especialidade indicarem que a maioria da fruta não contém amido, isso pode traiçoeiro!

A fruta contém amido enquanto verde. Ao longo do amadurecimento (na árvore, antes da fruta ser colhida) o amido converte-se em frutose. O problema é que, em Portugal, a fruta que se compra, foi toda colhida antes de amadurecer na sua árvore! Ou seja, a nossa fruta está cheia de amido!

Então, antes de comer qualquer peça de fruta, não se esqueça: o teste do iodo!

Em certos alimentos, o teste do iodo demora um pouco mais para mostrar o índice de amido... para ter a certeza, faça o teste e deixe actuar durante 30 minutos. Assim, não corre qualquer risco!

Nota: a tintura de iodo compra-se nas farmácias ou supermercados.

sábado, 10 de outubro de 2009

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Dieta Confusa? Não... trabalhosa!

Concordo quando dizem que tudo é muito confuso... eu também pensava assim. E, por isso, as crises sucediam-se porque eu estava sempre a cometer erros.

O que eu sei aprendi à custa de mim mesma. Quando entrava em crise pensava: “o que é que eu comi de errado, agora?”... então, pesquisava, fazia experiências, entrava em crise... e pesquisava novamente.

Esta semana tenho estado com uma crise tremenda... devido a mais experiências. Porque só assim é que eu descubro o que me faz mal!

As sopas estão proibidas - pelo menos para mim, já experimentei tudo, mas não consigo chegar a uma receita segura - porque nem só a batata, o arroz ou a massa têm amido. Infelizmente, quase todos os legumes têm amido: a cenoura (0,3 % de amido), a beringela (0,2)...

Alguns alimentos têm pouco amido, é certo: mas tudo junto acaba por ser amido suficiente para fazer deflagrar uma crise.

No início da minha dieta, eu insistia nas sopas. Cheguei a fazer uma “sopa” só com cenoura... não passou no teste do iodo: ficou negra!!! Resolvi comer à mesma... o resultado? Óbvio, claro.

Há outros legumes como a beterraba que têm pouco amido que me fazem mal...eu adoro sumo de beterraba!!!

Infelizmente, tive que desistir de tudo isto. Mas ganhei muitas outras coisas. Em saúde, por exemplo.

Quanto à cebola, mais uma vez aprendi às minhas custas. A cebola, tal como o alho, o tomate e os pimentos (entre outros) tem Inulina. A inulina – o açúcar das alcachofras e outras plantas - é um polissacarídeo tal como o amido.

A dieta sem amido, como uma vez já referi, deveria chamar-se Dieta Sem Polissacarídeos, já são estes que alimentam a bactéria Klebsiella Pulmonae.

A mim, basta comer qualquer alimento que tenha sido feito com cebola (por exemplo, tenha sido refogado com cebola), ou com tomate e\ou pimentos para ter uma crise muito forte. Para mim a inulina é o pior dos “amidos”.

É por isso que, apesar de ser considerados alimentos anti-inflamatórios, a cebola e o alho estão fora da lista de alimentos seguros para doentes com EA. Não obstante, existem pessoas que se dão bem com estes dois ingredientes.

Os lacticínios são, sem dúvida, alimentos que provocam inflamação. Contudo, certos pessoas toleram alguns queijos. No meu caso, posso comer uma a duas fatias de queijo por dia e um requeijão, de duas em duas semanas. Leite: eu sou viciada em leite... mas provoca mesmo muita dor, pelo que desisti de tentar.

Quanto aos chocolates: têm leite, logo provocam inflamação. Já provei vários chocolates: não querendo falar em marcas... há um que tem soja suficiente para me provocar dor; um outro tem leite em demasia, provoca-me bastante inflamação... finalmente, encontrei um que – apesar de ser chocolate de leite, não me faz mal.

Um nota importante: eu como um quadrado de chocolate por dia, de manhã...

Os bolos que fazemos na nossa dieta, livres de polissacarídeos – amido – são bastante importantes. Não usamos leite e o açúcar é tolerável, pela maior parte dos espondilíticos que eu conheço, apesar se ser um dissacarídeo.

Quem não tolera a sacarose – o tal açúcar de que estamos a falar – pode usar frutose (monossacarídeo), hidrato de carbono inofensivo ao portador de ea.

Pode-se ainda substituir estes açúcares por mel, uma excelente fonte de hidratos de carbono - que deveria ser obrigatório para quem segue a DSA.

Os hidratos de carbono são muito importantes na alimentação do ser humano. Então, se não podemos comer batatas, massas, pão... ficamos fracos, sem forças, porque não ingerimos hidratos suficientes? Não é bem assim.

Os Hidratos de Carbono permitidos, neste regime alimentar, são os Monossacarídeos. Estes têm uma única molécula e essa estrutura permite-lhes ser facilmente absorvidos pela parede do intestino.

Os Hidratos de Carbono complexos - os Dissacarídeos (duas moléculas) e os Polissacarídeos (moléculas em cadeia) não são permitidos neste regime alimentar, porque não sendo facilmente digeridos, permanecem mais tempo no intestino.

Como se sabe, existem muitas bactérias no intestino. Umas são inofensivas, outras são até benéficas… contudo, existem bactérias que são responsáveis por inúmeras doenças.

Ora, estas bactérias alimentam-se destes Hidratos de Carbono que se encontram no nosso intestino. Com todo esse ambiente favorável, as bactérias crescem e reproduzem-se livremente. No meio de todo esse processo, dá-se a inflamação do intestino.

A dieta funciona porque retira o alimento necessário ao crescimento dessas bactérias, que acabam por "morrer à fome". Este regime alimentar permite, ainda, restabelecer o equilíbrio das bactérias benéficas no nosso intestino.

No meu caso, o meu organismo tolera bem a sacarose, apesar deste ser um dissacarídeo. É tudo uma questão de testar, porque cada pessoa é única.

Quanto aos fritos... sim, eu como peito de frango panados com farinha de amêndoa fritos, mas em azeite! E só de vez em quando, porque é frito!!! É que se pode ler, na receita que partilhei no tópico das receitas.

Eu não costumo comer fritos. A minha alimentação quando não é cozida, é grelhada. Contudo, às vezes permito-me um miminho, como é o caso dos peitinhos de frango. E quando isso acontece é sempre em azeite, considerado uma das gorduras mais saudáveis por ser rico em ácidos gordos – excelente alimento anti-inflamatório!

É verdade que nos sites de nutrição, o açúcar, os chocolates, a manteiga são alimentos considerados pouco ou nada saudáveis. Esquecem contudo de referir os perigos da ingestão de hidratos de carbono complexos – polissacarídeos – que hoje, após muitos anos de pesquisa – estão relacionados com doenças como a Diabetes, a Doença De Cronh, a Doença Celíca e tantas outras.

Carol Sinclair, no seu livro The IBS Low-Starch Diet, explica a tudo o que está por de trás da campanha dos cereais...

Eu comecei este regime alimentar há 1 ano e 1 mês. Trabalho cerca de dez horas por dia, com crianças - como devem calcular, é preciso muita energia para lidar com crianças . Quando chego a casa, ainda tenho que fazer o jantar, arrumar o que está desarumado – coisas que nós mulheres sabemos o que é - e, ainda faço os meus alongamentos: aqueles obrigatórios para um doente com ea...

Digo isto para dizer que eu consigo retirar a energia que necessito do mel e outras fontes de hidratos de carbono simples.

Se a DSA é fácil? Continuo a dizer que não. Não obstante, continuo a afirmar que não é impossível.

Perdi muito peso... mas estava obesa e a um passo da diabetes tipo II. A minha médica de família, quando me viu, disse-me que eu estava muito bem, afinal alguns meses antes eu parecia uma “baleia” – palavras dela.

Os índices de colesterol e triglicéridos desceram. A minha obstipação crónica desapareceu e nunca mais tive rectorragias (hemorragias via anal). A minha hipertensão arterial – diagnosticada aos 20 anos, cerca de 15 anos atrás), estabilizou. A gastrite já não aparece na endoscopia e a fibromialgia só aparece muito de vez enquando e a fadiga crónica... já nem sei o que é isso.

Coincidências? Talvez não.

É tudo muito confuso, eu sei. Confesso que muitas vezes só me apetece desistir de tudo, fugir... mas, é só por breves instantes. Porque só eu sei como estive e como eu estou agora. Pelo que vale a pena.

Continuo com muitas dúvidas... tantas... mas procuro até encontrar! E se não encontro, testo em mim!

Neste momento estou a recuperar de uma crise de EA e FM... estive a experimentar pimentos e não aconselho ...

Um exemplo interessante: uma conhecida minha pode comer fruta!!! E eu não!!! A fruta não tem amido se for colhida já madura. Ora, infelizmente, em Lisboa toda a fruta que eu compro tem amido porque é apanhada ainda verde. O amido que esta tem é muito pouco: mas é o suficiente para desencadear uma crise!

Cada caso é uma caso... cada pessoa é um indivíduo. O que é certo em mim, poderá não ser verdade numa outra pessoa. Por isso, é que esta dieta tem de ser testada. Dá um pouquinho de trabalho... mas vale a pena.

Um nutricionista é, sem dúvida, o ideal. Mas, por certo encontraremos uns que vão estar a favor e outros contra.

Vejamos o caso do leite, por exemplo. Campanhas e alguns médicos aconselham-nos a beber três copos por dia para prevenir a osteoporose. Por outro lado, temos médicos que, baseando-se em pesquisas ciêntíficas, que nos alertam para o perigo do leite...

No que é ficamos? Penso que fica ao critério de cada um... eu bebia cerca de um litra de leite por dia – durante mais ou menos 33 anos – e tenho Osteoporose no colo do fémur e Osteopenia nas vértebras L5 e S1. A minha mãe, tão viciada em leite como eu, foi-lhe diagnosticada osteoporose avançada...

Dos alimentos permitidos pela DSA, existem muitos que não são muito aconselhados, eu sei disso. Contudo, também sei que, se a nossa dieta for o mais equilibrara possível, nada me faz mal. Pelo menos, é que os meus exames clínicos afirmam...

Este regime alimentar é muito complexo, sim. Contudo, não quis deixar de tentar. A minha vida era uma autêntica tortura crónica, dia e noite... eu tinha de tentar! E ainda bem que o fiz!

Eu não acreditei, de imediato, em tudo o que lia... que uma simples dieta era a resposta! Eu disse ao meu marido que, “se assim fosse, não havia EA em lado nenhum”!

Ele insistiu que se resultou com ele – que curou a Doença de Cronh com uma outra dieta– porque não dar uma hipótese?

E aqui estou eu...

Algum dia chegarão todos a um consenso no que diz respeito à dieta sem amido? Não sei... e também não me interessa muito.

A minha EA está estável e as minhas análises estão normais, tenho energia mais que suficiente para viver e trabalhar... e com a ajuda de alguns suplementos alimentares, eu espero continuar com esta dieta para o resto da minha vida.

Só gostaria de esclarecer que a minha alimentação não se limita a bolos, chocolate e uma fatia de queijo por dia.

Eu costumo comer pratos normais com peixe, vegetais como os grelos, bróculos, couve lombarda ou espinafres - daqui só retirei a batata; pratos de carne com frango ou perú, sempre gralhados com saladas o mais variadas possíveis.

Quanto aos bolos e pudins, costumo comer mais ao fim-de-semana, depois quem os acaba costuma ser o meu marido e as minhas manas... eles adoram esta parte da minha dieta!

Às vezes, confesso, sinto "fome" de outras coisas: pão, massas, arroz - afinal, eu já fui muito gordinha. Não foi fácil lidar com este vício que eu tinha por hidratos de carbono complexos. Mas, aos poucos, estou a lidar com a situação.

Aliás, as minha depressões e as minhas recaídas - ea - têm muito a ver com este assunto, é como se eu estivesse a fazer uma desintoxicação tal como um adito de uma outra droga qualquer. Porque nem só de drogas duras um pessoa pode ficar adita.

O caminho da vida tem pedras... eu irei fazer um castelo com elas! Como Fernando Pessoa era tão sábio...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

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Ninguém fala na dieta sem amido... Porquê?


Eu faço esta dieta há cerca de dois anos... resulta!

Faz-me muita confusão saber que existem tantas pessoas que sofrem (como nós sabemos que sofrem!) e que não sabem da existência desta dieta!

Eu tive a sorte de descobri-la, ao acaso...

Quando fui – finalmente!!! - diagnosticada, perguntei aos meus médicos que mais poderia fazer, sem ser tomar medicamentos e fazer os exercícios físicos. As respostas foram: "nada" e “aguentar, porque tenho muitos doentes com a mesma doença e eles também aguentam”.

Procurei, até desistir, informação na internet... mas não encontrei. Porque, tonta que fui, só fiz a pesquisa em português!

Mas tudo mudou quando pesquisei a EA em inglês: encontrei o Kickas.org, o livro de Carol Sinclair, e o incrível Dr. Alan Ebringer !

O médico que descobriu e experimentou esta teoria - Dr. Alan Ebringer - é conhecido como "o médico que incomoda" e, por incrível que pareça... todos os fundos que financiavam os seus estudos: Foram Retirados!!!

Porquê?

Se todos começarmos a fazer esta dieta o que será da indústria farmacêutica? Sim: porque quem é que lucra mais com a nossa dor? E, agora com os medicamentos biológicos – extremamente dispendiosos!!!

Eu, neste momento, não tomo qualquer medicamento alopático (antes de começar a dieta, estava a tomar 13 comprimidos, por dia e, as dores só pioravam).

Agora, só tomo medicamentos ditos naturais: própolis e geleia real (que adquiro directamente com um apicultor, porque o própolis e a geleia que se encontram nas lojas de produtos naturais não são totalmente puros), unha do diabo (excelente anti-inflamatório), magnésio, cálcio e potássio. E sigo a dieta!

E estou, praticamente, sem dores há mais de um ano!

Tenho tido algumas pequenas crises, é verdade! Mas, sempre que isso acontece, procuro descobrir o porquê... o amido é sempre o culpado! Ou porque comi algo que continha amido e eu não sabia, ou porque existia amido "escondido" - há duas semanas atrás, comi fiambre que tinha farinha de trigo! Como é que eu poderia imaginar que o fiambre teria farinha?

O que só vem mostrar que esta dieta resulta, não é efeito placebo, como alguns médicos dizem!

A Klebsiella Pulmonae existe! Este bacilo alimenta-se, de facto, de amido! E o nosso organismo ao atacar este bacilo "ataca-se" a si próprio porque a estrutura celular deste bacilo é muito similar com algumas células que existem no nosso organismo!

Parece incrível que para, uma doença, tão temível, tão dolorosa... tão incapacitante como é a Espondilite anquilosante, exista algo tão simples como uma dieta, para ajudar a combater a inflamação - que leva a tudo o resto: a dor, a fusão... a incapacidade total.

Atenção: não quero com o meu testemunho dizer que alguém deve desistir dos seus medicamentos! Cada um é livre de fazer o que quiser!

Mas, quanto à dieta... que tal tentar? Que mal poderá fazer?

É dificil? Um pouco, talvez... para mim foi mais fácil do que eu pensei. Porque eu prefiro viver sem comer pão ou sem a minha pasta à italiana, que estar com aquelas dores insuportáveis que não me deixavam viver!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

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EA, Alan Ebringer, o gene HLA-B27 e Klebsiella Pneumoniae


Os últimos meses de 2007 foram, de facto, bastante dolorosos. Desesperada, resolvi iniciar a dieta que o meu marido havia feito, para tratar a Doença de Cronh. Depois de dez anos a sofrer, o meu marido encontrou a cura total numa dieta que Elaine Gottschall descobriu - após anos de pesquisa – para ajudar a sua filha, que padecia de Doença de Cronh.


De facto, eu não tinha esta doença. Contudo, já tinha lido vários textos que falavam numa relação directa entre a alimentação e a maioria das doenças auto-imunes.

À procura de receitas – já que muitos dos ingredientes, a que estava habituada, eram proibidos – descobri um site bastante interessante:
Izorrategi.

Neste site, fala-se de Dieta Sem Amido, Alan Ebringer, do gene HLA-B27 e da Klebsiella Pneumoniae.

Li e descobri coisas que eu não fazia ideia que existiam... resolvi pesquisar mais sobre estes tópicos e, no fim, ficou a pergunta: "Mas por que é que nunca ninguém me falou nisto?"

Alan Ebringer, Professor de Imunologia no King's College, University of London; Consultor Honorário em Reumatologia na Escola de Medicina de Middlesex Hospital; Consultor de Doenças Auto-imunes no Instituto Nacional da Saúde, Washington, defende o mimetismo molecular para explicar a relação entre a alimentação e a Espondilite Anquilosante.

Aqui, encontramos uma breve exposição onde se explica a ligação entre a Espondilite Anquilosante, a Klebsiella Pneumoniae e o Gene HLA-B27, segundo o Professor Alan Ebringer.

Muito sucintamente, tudo se resume ao seguinte:

A espinal medula é responsável pela produção de anti-corpos. O intestino grosso e a espinal medula estão bastante próximos, dentro do nosso corpo.

No intestino grosso encontra-se a Klebsiella Pneumoniae. Este bacilo tem uma estrutura bastante similar à estrutura do gene HLA-B27 (Human Leukocyte Antigen B27, moléculas presentes na maioria das células, especialmente em doentes com ea). Por essa razão, os anti-corpos responsáveis pela destruição do bacilo, destroem também as células deste gene.

A destruição das células do gene HLA-B27 causa a deterioração da coluna vertebral, causando a inflamação e, consequentemente, as dores.

Ao reduzir a população de bacilos Klebsiella, diminuí a produção dos anticorpos responsáveis pela sua destruição. Logo, as células do gene HLA-B27 não são destruídas e, assim, a inflamação decresce fazendo a dor desaparecer.

Os bacilos Klebsiella alimentam-se de açucares derivados de amido - um carboidrato complexo, composto de moléculas longas de açucares que se encontra no pão, batatas, bolos e massas. Quando se dá a digestão dos alimentos - processo de desagregação da comida no estômago e Intestino delgado - o amido não digerido entra no cólon (intestino grosso).

Estes bacilos vão se alimentar de amido não digerido que se existe nos alimentos consumidos pelo paciente nas últimas 3\4 horas.

Segundo a teoria de Alan Ebringer, quando um paciente (com ea) come alimentos amiláceos (pão, batatas, bolos e massas), os bacilos Klebsiella alimentam-se do amido presente e multiplicam-se. Em seguida, o sistema imunológico do paciente produz anticorpos contra o microorganismo e alguns destes anticorpos terão actividade, também, contra as células HLA-B27 - contra o colágenos da coluna, olhos (uveíte) e outros orgãos.

Foi depois de muitas pesquisas, que Alan Ebringer chegou à Dieta Sem Amido.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

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The IBS Low-Starch Diet: o Livro da Dieta sem Amido


Quando descobri que existia uma dieta que ajudava no tratamento da EA, resolvi adquiri-lo. Não sei se está à venda em alguma livraria em Portugal, pois comprei-o on-line.

Este livro está escrito num inglês bastante acessível, pelo que é de fácil leitura, para quem domina o básico da língua inglesa.

No The IBS Low-Starch Diet, a autora – Carol Sinclair – começa com um prefácio onde explica como é que descobriu que tinha Esponsilite Anquilosante. Carol começou por fazer a dieta sem amido porque tinha Síndrome do Intestino Irritável. Apesar dos seus médicos terem sido sempre contra esta dieta, nunca deixou de a fazer.

Quando editou o seu primeiro livro de receitas, Carol Sinclair recebeu uma carta de um doente com EA, que lhe perguntou se por acaso ela não teria Espondilite Anquilosante, visto que aquela dieta estava indicada para o tratamento da mesma.

O autor da carta (George McCaffery), conta-lhe que é paciente do Dr. Alan Ebringer – o médico que descobriu a relação amido\ EA – e descreve-lhe os sintomas desta doença. Comenta, ainda, que a dieta que Carol especificou no livro, é a dieta que está a fazer, sob a orientação do seu médico.

George McCaffery explica-lhe que a EA é uma doença debilitante, bastante dolorosa, que era desencadeada por uma bactéria chamada Klebsiella Pulmonae. Esta encontrava-se no cólon e alimentava-se de amido.

O seu medico tinha-lhe prescrito uma dieta isenta de amido e, desde que começou a fazer esta dieta, George McCaffery melhorou dramaticamente.

Carol, seguindo o conselho do Dr. Alan Ebringer, faz os exames médicos necessários e descobre que, afinal, as dores que sempre sentiu – para as quais os médicos não encontravam qualquer resposta – e que o Síndrome do Intestino Irritável, do qual padecia há décadas, eram somente sintomas de uma doença com o nome de Espondilite Anquilosante.

Neste livro encontramos, ainda, a definição de amido, onde encontrá-lo, como reconhecê-lo... como evitá-lo.

Eu gostei bastante de um pormenor deste livro: Carol mostra como o amido tem vindo a piorar a saúde de várias civilizações, ao longo dos tempos. Mostra, também, como é que o mito do "pequeno-almoço com fibras" começou.

Um dos títulos deste livro que eu gostei de ler: "Porque é que nenhum outro médico me falou disto?". Creio que esta pergunta põe em evidência a recusa dos médicos quando nós falamos desta dieta.

The IBS Low-Starch Diet termina com uma série de receitas sem amido. Algumas são bastante interessantes.

Creio que este livro - reconhecido pelo médico que descobriu a relação amido \ espondilite anquilosante,Dr. Alan Ebringer - é uma boa "ferramenta" para quem quer fazer esta dieta. Esclareceu-me bastante, aprendi muito e apercebi-me que esta dieta é algo mais sério do que eu pensava… cientificamente comprovada, só poderia ser realmente uma bos resposta à EA.

Porque é que ninguém fala da dieta sem amido?

Quando o Dr. Alan Ebringer começou a divulgar os resultados da sua investigação, os fundos monetários para a continuação da sua pesquisa, foram-lhe retirados. Chamam-lhe o “médico que incomoda”.

Quem é que este médico incomoda? Como é que uma descoberta como esta - que tantas pessoas já comprovaram a sua eficácia (aliás, eu sou uma delas!) - pode incomodar alguém? A OMS deveria ser a primeira a celebrar uma descorta como esta. Mas, infelizmente, o dinheiro fala mais alto...

Resta-nos a nós, doentes com Espondilite Anquilosante, divulgar... gritar bem alto, com a esperança que a nossa voz chegue a alguém que esteja a sofrer, para que esse alguém tenha a mesma oportunidade de lutar e vencer a EA como eu e muitos outros doentes conseguiram.

terça-feira, 6 de outubro de 2009